Bar inédito
Ontem eu estava com uma vontade cruel de sair e beber até não conseguir articular as palavras, até fui dizendo pra todo mundo que eu não voltava dirigindo meu carro, primeiro porque o carro não é mais meu, sold sold, e segundo porque eu não queria bater mesmo. Então combinei com os agregantes e com as meninas do trabalho. Só que as meninas do trabalho não foram, então ficamos os empenhados de sempre: eu, Tija, Bananão e Alemão. HUAHAHUHU PEGOU PEGOU??
Fomos no Frei Caneca, bar inédito, e começamos com a Sagrada e Toda Poderosa Dupla: cerveja e amendorato. A Renata ficou relembrando os velhos bons tempos em que ela cagava e andava, o Tiago, ainda sóbrio, falava com um brilho no olho sobre sua infância áurea, Tatoline viajava e ficava quieta pensando na tórrida noite de sexo que ela havia tido recentemente, e eu ficava que nem retardada falando: 'to estressada, to estressada, vamo beber que hoje ou eu bato ou eu vomito, desce mais uma'.
Bebemos um pouco e depois me deu uma vontade incontrolável de tocar violão, fechamos a conta e fomos pro carro, onde eu cuidadosamente havia deixado meu violão jogado no chão. Meus amigos presenciaram uma cena singela: eu abraçando o querido Clio branco, que tantas vezes nos levou para lugares agregantes, que tantas coisas presenciou (aqui eu deixo vocês usarem a imaginação), que nos acompanhou pela estrada de Ouro Fino afora, que tocou altos MDs pra Renata ouvir fingindo que tava conseguindo ficar acordada. Power sentimental o momento.
Mas logo passou e eu tomei o caminho da casa da Tatoline, pois iríamos pegar copos descartáveis lá. Aliás, até agora a gente não sabe por que furtou um copo do Frei sendo que a gente ia passar na casa da Tatoline Alemão pra pegar copo descartável. (O copo inclusive tava no banco de trás do meu carro quando eu cheguei em casa, nem agregava meu pai ver aquilo lá, então eu, sem pudor, power joguei o copo no jardim do vizinho. huaHAUuhauhAUHuha)
Fui mijar no prédio da Renata, por causa do convite dela 'miga, quer mijar no meu prédio?'. Depois fomos direto pro Extra, onde compramos altos Doritos, pacote W econômico, e Cebolitos, que a Renata ficava arranjando jeitos criativos de comer. Descobrimos que a Tatoline é Alemão, eu tentei achar filmes pornôs pra comprar, o Tiago se lamentou por a gente não morar em São Paulo, a Renata e a Tatoline ficaram usando cenouras pra medir o tamanho do pinto do 21, eu fiquei lendo as capas das revistas sensacionalistas. Vocês sabiam que a filha do Alckmin casou? Maior bafo, né?
Então voltamos pro carro, porque eu estava com uma puta vontade de tocar violão, mas acabei nem tocando. Bebemos o vinho agregante que meu pai tinha aqui em casa (se ele perguntar onde está eu vou fingir que nem sei), altas cervas, e o Tija foi ficando bebinho bebinho.
Eu tentei fazer tráfico de drogas no estacionamento mas ninguém queria me vender. Eu até fiquei discretamente gritando a plenos pulmões 'ninguém quer fazer tráfico de drogas comigo, porraaaaaa'. A Bananão ficava limpando as mãos no Tija, que já tava mais pra lá do que pra cá, e ele nem percebia. huauhUAUha A Tatoline continuava quieta pensando na noite de sexo, e eu já não aguentava mais a cerveja nem o Doritos, olha que bafo.
Já estava tarde e decidimos ir embora, deixei as meninas e depois fui levar o Tija, que estava com um soluço eterno. E ele tava tão capenga que cada soluço era uma possibilidade de gorfo, eu fiquei preocupada dele vomitar no meu carro bem no dia da despedida do meu carro. Ele foi pra casa trançando as pernas, certeza que gorfou bonito no banheiro e ainda falou pra mãe que era salgadinho de aniversário estragado.
Noite power agregante, tava com saudade do Extra e das amizades que a gente faz no estacionamento. huauhUAuauh
:****
Japa.
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